Joseph Jordá-Poblet (1924–1994)

Nascido em Badalona, na Catalunha, Joseph Jordá-Poblet integrou uma geração de artistas que revolucionaram a arte europeia no século XX. Herdeiro da sensibilidade catalã que deu origem a nomes como Dalí, Miró, Tàpies e Cuixart, ele construiu uma trajetória única, marcada por intensidade emocional, rigor técnico e profunda coerência estética.

Sua obra foi sempre um reflexo de sua interioridade — um processo contínuo de autoconhecimento e expressão. Jordá-Poblet não seguia tendências: trabalhava em silêncio, com dedicação e verdade, como quem busca o essencial. Sua pintura, densa e simbólica, oscilava entre o lirismo, o expressionismo e o abstrato, sem jamais perder sua identidade.

Ao se mudar para o Brasil em sua fase madura, trouxe uma bagagem rica, forjada na tradição europeia, mas aberta ao novo. Foi professor, participou de exposições importantes em cidades como Brasília e Zaragoza, e manteve-se fiel à sua visão artística até o fim.

Faleceu em 1994, deixando um legado raro: uma obra atemporal, de grande densidade poética e espiritual. Seu trabalho continua a inspirar pela honestidade, pela liberdade e pela força silenciosa com que comunica aquilo que escapa às palavras.

Joseph Jordá-Poblet não pintava para o mercado, nem para a crítica. Pintava para existir. E é justamente por isso que sua arte permanece — viva, potente, necessária.